Hoje, a média dos americanos trabalham apenas para viver (com boa qualidade, não vou negar) e para financiar poderosos empresários, cujas fortunas ultrapassam PIBs de diversas nações. Me pergunto pra que tanto dinheiro? O cara quer comprar vaga no céu? Por que não utilizar esse dinheiro para investir em diversos programas sociais que estimulem o crescimento econômico de países subdesenvolvidos. Projetos sociais como a da ‘Bill Gates Foundation. Mas isso é um papo para uma outra hora.
Minha coluna não será focada nos EUA. Apenas fiz essa critica aos EUA pois é a maior potência econômica do mundo e gostaria de fazer alguns contrapontos com o país norte-americano. Também porque vivo aqui e devido a isso tenho algum conhecimento de causa. Mas principalmente porque vejo que existem muitos brasileiros que são extremamente críticos e pessimistas com o Brasil. Isso me revolta. Não por serem críticos, pois o Brasil merece, sim, diversas críticas. O que não aceito é o pessimismo eterno. A total descrença no futuro do país. Impunidade, violência, falta de investimentos na educação, entre outros, são problemas que temos desde que eu nasci. E concordo que temos que evoluir em todos esses aspectos. É se auto-criticando que conseguiremos crescer. Afinal, nada é unânime. Como diria Nelson Rodrigues, “toda unanimidade é burra!”.
Dito isso, darei meu ‘pitaco’ no que EU considero uma vantagem comparativa fundamental na relação custo-beneficio entre Brasil X EUA: ( Isso não são para os que se restringem à definição de qualidade de vida como ter uma casa pré-fabricada, um carro do ano e morar em um lugar onde é fácil comprar HD TV, um vídeo game, etc. Isso tudo é muito bom, mas na minha visão esse “muito bom” não é tudo ).
Somos um país em desenvolvimento acelerado. Isso é fato. O Brasil cresce economicamente e a política de nossa jovem democracia parece aos poucos começar a amadurecer.
Digo isso porque sempre é bom lembrar aos mais esquecidinhos que somos um país democrático há apenas 26 anos. Já fomos um bebê, um pré adolecente, e hoje somos um jovem cujo potencial é notável e muitos olheiros já esfregam as mãos. Faltam apenas muitos brasileiros, Brasil afora, começarem a ver o que muitos ‘gringos’ já conseguem enxergar.
A revista “The Economist” colocou em sua material principal intitulada “Brazil Takes Off”, com a imagem do Cristo Redentor decolando como um foguete, que seremos a quinta economia do mundo em 2016.
E estamos de fato decolando. A história não mente e nos mostra um verdadeiro sobe e desce entre super potências. Países cuja população possui em grande parte direitos iguais e grande poder de compra vão e vem. Isso é algo conquistável. Com muito trabalho, e políticas sociais e econômicas corretas.
Dito isso, qual a grande vantagem do Brasil sobre a grande maioria dos países no mundo? (Não só dos EUA, para não ser maldoso com o país que vivo): As riquezas naturais. A encantadora beleza natural que nosso país possui e a fertilidade da nossa terra. Praticamente tudo que se planta nasce, temos petróleo, minério, floresta amazônica, pedras preciosas…um país precioso. Isso, amigos, não se compra nem com todo dinheiro do mundo. A não ser com guerra.
Um país precioso e com um potencial abundante. Basta nossa sociedade continuar se politizando e continuar sendo critica. Mas vamos dar um basta ao pessimismo. Vamos ajudar esse jovem se tornar um adulto. Temos muito que crescer e isso que me deixa mais e mais animado. Preocupante seria se já tivéssemos atingido todo nosso potencial. A hora é agora. A hora de fazermos nossos filhos e netos viverem o “Brazilian Dream”.

6 comentários:
Fala Patrickão, adorei o teu blog, e com certeza o seguirei ávidamente. O teu texto está excelente. Vá em frente, você tem um futuro promissor pela frente. Aproveite as oportunidades, nunca se desvie do teu caminho, endureça...mas sem perder a ternura jamais!
Estarei sempre "ao teu lado", assuntando, percebendo, incentivando, "puxando as orelhas" quando se fizer necessário e por fim, morrendo de orgulho do meu sobrinho tão querido e tão amado.
Beijão do tio Coruja.
Querido patrick, gostei do seu texto.
Está super bem escrito, acho que você não deve abandonar a idéia do jornalismo, tens jeito!
Só uma obs, o Brasil tem uma cultura de roubo explícita por parte dos governantes e viver aqui, sob esta violência extrema causada pela disparidade social e não ver nem sentir melhora nenhuma é muito triste, frustrante e desgastante.
muito difícil vilhares de sardinhas lutarem contra diversos carrdumes de tubarões.
Muito complexo, meu querido...
Parabéns pelo texto e pelo idealismo!
Bj grande!
Obrigado família!! A primeira palavra de incentivo sempre tem que vir da família né?
Nunca disse que o Brasil não tem problema. Um dos mais corruptos do mundo, mas isso se deve também à reformas que deve ser feitas como a política e jurídica.
Mas eu vejo pequenos avanços! Veja o caso Arruda por exemplo. O safado ainda está preso! Nenhum político na história havia sido negado habeas corpus.
E tem gente boa na política também, é só as pessoas se interessarem por esse assunto.
Como disse. Estamos evoluindo, aos poucos, passos lentos, porém continuos. Rumo ao vigésimo sétimo ano de democracia! Estamos amadurecendo!
Interessante o posicionamento deste escriba. Concordo com o potencial do Brasil e compartilho da admiração por este país. Gostei muito particularmente da revolta com os pessimistas eternos.
Acho que devemos ter em mente, porém, que o pessimismo possui uma interação nebulosa com o posicionamento crítico. Acho terrivelmente irritante o sujeito pessimista por natureza, que se nega continuamente a ver os pontos positivos em tudo. Este indivíduo não agrega valor a qualquer tipo de discussão, apenas repete um discurso ignorante, sem embasamento crítico, quase imparcial por não admitir progressos de clareza ofuscante.
Vejo, no entanto, a vontade de mudar, gana por crescer, como condição fundamental para que, de fato, o Brasil seja capaz de “Take Off”. Estas são ambições de um tipo distinto de pessimista a quem devemos louvar. Não me refiro a este pessimista pragmático, ignorante, mas a um pessimista inconformado, articulado criticamente. Trata-se de reconhecer o nosso potencial e se entristecer com seu total sub-aproveitamento. Este pessimismo, quando aliado a uma refinada percepção e conscientização dos reais problemas do país, se torna o combustível para a mudança no longo prazo. É o primeiro passo para se avaliar onde concentrar as energias, para depois, com muita disposição, investir nas mudanças necessárias.
Por outro lado, já se foi o tempo do Romantismo, quando a exaltação exacerbada do Brasil era encarada como um papel crucial para a criação da identidade e auto-estima do brasileiro. Isto também gera conformismo, porque ninguém pode ser deslumbrado a ponto de desconhecer que é longo o caminho a ser percorrido.
Chega de otimistas iludidos. Basta de pessimistas ilusionistas. Já tivemos nossa cota de discursos escandalosos. Hoje, o que precisamos é de gente crítica e disposta, pessimistas inconformados, críticos e sensatos, que busquem um Brasil melhor.
Grande abraço,
João Moraes
Perfeito texto, Juca!
Tirando o fato de ter me chamado de escriba. Quanto formalidade!
Concordo com você. Não podemos nunca nos conformar. Nos dar por satisfeitos. Afinal, estamos muito longe do ideal. Temos um longo caminho a percorrer, como bem disse.
Também concordo que saimos da era do romantismo. "Brasil, país do futuro" Quem nunca ouviu? O problema é aquele que tem a posição definida. "Brasil o país do futuro? Espero ele chegar até hoje!"
Como disse em meu post. Temos apenas 26 anos de democracia. Os EUA são um país democrático com regime presidencial desde que se tornaram independentes. A guerra de independência dos EUA se deu entre (1775–1783), desde então, adotam o regime que temos há apenas 26 anos.
Por isso temos que continuar criticos, mas nunca desanimar. Pois a voz do povo tem muita força. Aqui os americanos sabem muito bem disso. Falta o brasileiro aprender, se politizar, e não se acomodar.
Abraços.
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